Explosão máxima nos bíceps!!!!
A musculação continua sendo, pra mim, depois de mais
de 20 anos de paixão, um constante aprendizado. Mesmo depois de tantos anos,
ainda aprendo na sala de musculação, observando um ou outro exercício, algo
novo, inusitado e muitas vezes o pensamento ainda é "porque não pensei
nisso".
Nessas tantas observações, acabei lembrando de um
exercício que vi uma vez, ainda nos anos 90, mas que nunca tentei fazer por
achar de estímulo improvável. Ledo engano. Se o tivesse feito na época, um
tanto quanto cético às coisas novas ainda, sentiria uma satisfação incrível,
digna de um pump cinematográfico. Mas quis o destino que eu o fizesse somente
agora, com 41 anos de idade, ainda maravilhado com esse universo de puxar um
ferro.
Lembro que, em minha curiosidade, com uns 18-20 anos a
menos, perguntei ao professor que exercício era aquele e ele me respondeu
"rosca Thor". Apesar de gostar bastante dos heróis Marvel, na
época não entendi a relação entre o Thor e o exercício, talvez as anilhas
apenas de um lado lembrassem o martelo do herói nórdico ou talvez apenas alguns
conseguiriam fazê-lo tirando a barra do chão, apologia ao poder do martelo
ficar extremamente pesado para outros que não seu dono original. Infelizmente,
na época, eu estava muito preocupado com simetrias, centros de gravidade, etc,
achando uma blasfêmia aquele tipo de execução e dei de ombros para o novo
exercício.
Acabei presenciando a execução do movimento mais
algumas vezes, em outras academias, em outras épocas e surgiram vários nomes
para o mesmo exercício:
- rosca Thor
- rosca bate-estaca
- rosca direta com um ponto de apoio
- rosca assimétrica (conheço outro exercício com esse
nome, onde você segura a barra com diferentes distâncias entre a pegada direita
e esquerda na barra).
- rosca pêndulo
Na verdade, o nome não importa tanto, pois mesmo
exercícios mais comuns como a rosca concentrada, viram "rosca coxa"
em alguns lugares, alguns até com "ch", ajudando a propagar o esteriótipo
do marombeiro inculto.
O importante é que é um baita exercício para os bíceps
e você deveria experimentar. O bíceps que efetua a contração é sumariamente
castigado, estressado e exaurido ao máximo, com a carga certa e movimento
concentrado, primando-se pela execução e não pela carga. Tente não mexer o
braço da mão que realiza o apoio (a mão pode ficar aberta ou semi-aberta, caso
você já tenha familiaridade com o movimento).
Inclua em seu próximo treino de bíceps, lembrando que
deve ser feito com uma presilha, pois o peso tem que estar seguro por algo,
caso contrário, pode cair. Você pode utilizar o método NOSTOP, que consiste em
executar as séries sem descanso entre os braços direito/esquerdo. Séries com
repetições acima de 8-10 produzem resultados gratificantes. Eu sugiro 4x12 sem
descanso entre as séries, apenas dando tempo de inverter a barra e uma cadência
moderada, algo como 2-1-3 (2 segundos na fase concêntrica, 1 segundo de
isometria concêntrica e 3 segundos na fase excêntrica). Outra alternativa é
usar uma barra w no lugar da barra reta. Isso pode evitar lesões no pulso por
causa da biomecânica do movimento.
Stay strong !
Betão
Comentários
Postar um comentário