Quero tomar “bomba”!




Essa frase já foi ditas inúmeras vezes em diversas situações. Pode ter sido dita por alguém que cansou de treinar e acha que é a única solução pra ter o corpo dos sonhos, por exemplo. Mas o que são “bombas”, quais seus verdadeiros efeitos colaterais? Será que tudo o que lemos na mídia é verdade? Você pode mesmo morrer se usar esteroides anabolizantes? Há uma forma segura de se usar esteroides anabolizantes?

Antes de mais nada, vamos definir alguns termos importantes, usados muitas vezes de forma errada ou fora do contexto e entender o que são essas “bombas” que tanto se fala por aí.

Esteroides anabólicos androgênicos : São hormônios que derivam do colesterol, como a testosterona e seus muitos derivados. Pra alguns, “derivar do colesterol” já é uma surpresa.

Recursos ergogêncios : Define qualquer substância, procedimento ou processo que possa potencializar seus resultados, maximizar seus ganhos e existem diversas classificações para os recursos ergogêncios: eles não se limitam aos esteroides. Os esteroides são classificados, dentro de recursos ergogênicos, na classe de farmacológicos. Pra muitos essa também é uma informação nova, já que a maioria associa os ergogênicos aos esteroides, somente.

“Bomba”: Termo popular utilizado para se referir ás drogas anabolizantes ilícitas, tais como os esteroides anabolizantes, mas também se estende aos hormônios polipeptídicos, como o GH.

Metabolismo: É o conjunto de reações relacionadas ao ganho ou a perda de matéria pelo organismo

Anabolismo: São as reações relacionadas ao ganho de matéria, ou seja, moléculas menores se unem e formam moléculas maiores

Catabolismo: É o contrário do anabolismo, ou seja, são as reações relacionadas à perda de matéria, onde moléculas maiores são hidrolisadas formando moléculas menores.

Os esteroides anabólicos androgênicos são hormônios que apresentam duas funções principais: uma relacionada ao anabolismo, ou seja, síntese de tecido, e outra relacionada ao androginismo, com o desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas.

Os esteroides são fabricados pelo nosso organismo (endógeno) nos testículos e no córtex adrenal e são os principais responsáveis pelas funções androgênicas.

Na administração exógena (aplicação), esteroides são compostos sintéticos semelhantes à testosterona. A aplicação médica dos esteroides seria o tratamento de patologias como o hipogonadismo, câncer de mama, sarcopenia e osteoporose. No entanto, para uso estético ou esportivo, os esteroides anabólicos androgênicos são utilizados por suas propriedades anabólicas, isto é, para otimização de força e desenvolvimento de massa muscular. Seus usuários optam pelo seu uso com o intuito de potencializar e acelerar os efeitos dos treinamentos relacionados à performance e também por maximizar os efeitos estéticos, sendo que esse último é o principal motivo do uso.

Por questões éticas, não existem muitos estudos experimentais sobre o assunto com seres humanos e o que possuímos na literatura, nesse sentido, associam o uso com o aumento da massa muscular (hipertrofia), aumento da concentração de hemoglobina (glóbulos vermelhos no sangue), aumento do hematócrito, aumento da retenção de nitrogênio (balanço nitrogenado positivo), redução de estoques de gordura corporal, aumento da deposição de cálcio nos ossos, aumento do fluxo sanguíneo para o tecido muscular, aumento da síntese proteica, aumento da retenção de água, diminuição do catabolismo muscular, aumento do metabolismo basal e aumento do glicogênio e creatina fosfato muscular.

Esses são os efeitos anabólicos, ou seja, a parte boa. Mas lembre-se: o nome do composto é esteroide anabólico androgênico, ainda falta a parte “androgênica” e é aí que está o problema. Quando exagera-se na dosagem, a parte androgênica é a responsável pela maioria dos efeitos colaterais. Um esteroide perfeito seria aquela substância cuja parte androgênica fosse retirada e ele fosse puramente anabólico. Por menor que seja a parte androgênica de um composto, não se conseguiu retirar totalmente esse “lado negro” dos esteroides.

Sendo assim, o uso abusivo de esteroides, por questão de sua parte androgênica, pode gerar alguns efeitos colaterais:

Acne, alterações no sistema cardiovascular, hipertrofia cardíaca, aumento da agressividade, aumento do colesterol LDL, diminuição do colesterol HDL, aumento do risco de evento cardiovascular, disfunções e câncer hepático, esterilidade, atrofia dos testículos, alargamento e câncer de próstata, calvície, lesões no tecido conjuntivo, ginecomastia, alargamento do clitóris (mulheres), crescimento excessivo de pelos, engrossamento da voz.

Vale ressaltar que os usuários de esteroides se valem de vários suportes, durante (fígado, colesterol e estrogênio) e depois do ciclo (TPC) para minimizar os riscos, que são muito individuais. 

Uma orientação deve ser feita por quem entende do assunto e não por pseudos gurus de internet. O risco à saúde é muito grande pra entregar o controle do seu corpo a um desconhecido ou celebridade da mídia. Muitas vezes, as combinações de esteroides ou até mesmo as dosagens são ineficazes. Combina-se muita testosterona (enantato com cipionato) sem necessidade ou usa-se drogas que servem pra finalização em ciclos de massa muscular. Não é uma escolha aleatória: deve ser feita com critério para que os efeitos colaterais sejam controlados e exauridos ao longo do ciclo ou depois dele.

No Brasil, infelizmente, a tentativa-e-erro ainda é o método mais utilizado pra quem quer usar esteroides, seguido de perto por “ciclo que fulano fez”. E depois disso vem o alarmante “o que eu faço agora?”.

Não caia mais nessa! Se quer utilizar essa classe de ergogênicos é importante estar informado por quem entende do assunto. Clique no link a seguir a aprenda como usar esteroides anabólicos de forma correta : CLIQUEAQUI!

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